domingo, 8 de abril de 2007

Atos não são somente palavras, secas. Atos são constituídos de voz, tom, gestos, jeito, olhares. O corpo fala por si, mais que as palavras que simplesmente escapolem da boca. Em atos, palavra é complemento, o resto é tudo. Sinta! voz, tom, gestos, jeito, olhares são manipúláveis, artimanha muito mais difícil que a do controle das palavras. Mais difícil pra quem vê e pra quem faz. Até o próprio dono do ato pode se convencer... talvez seja o castigo merecido. Em qual mundo estamos? Lá vem eles denovo com essa história de conspiração... Sabe, dessa vez eu nem vou desacreditar. Eu admito que eles existem, estão por aí, por toda a parte em mim, em você, na pessoa em quem mais confia. E agora? cadê o ânimo de vida? Saber que os tijolos onde piso são todos falsos... Até o que eu próprio construo! Pois bem. Depois da admissão, vem agora, ao invés da ignorância, a indiferença. Sei lá. "É a vida, né? Fazer o que?" Só o que pretendo fazer, se é que consiga ser forte demais para isso, é não dar a mínima pros tijolos que caem, pros passos em falsos, eles não me afetarão, nem mesmo me farão tropicar. E minhas armas, estarão sempre armadas, para o momento que me convir. Este mundo é que eu temia, ou melhor, repudiava. Mas não vou mais contra. Não me tornarei um deles, desses que fazem dele uma finalidade. Vou seguir o meu caminho, sendo eu, como sempre fui, só aviso que se precisar usar do mesmo jogo -idiota, estúpido e mesquinho, diga-se de passagem- não hesitarei.

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