segunda-feira, 9 de abril de 2007


Hoje foi dia de faxina. E arrumando todas as bagunças do meu quarto (e como tava bagunçado!), desentarrando todas as tranqueiras do meio das roupas espalhadas por toda a parte, dos livros e apostilas empoeiradas, encontrei algo que me chamou atenção dentre as velharias, bibelôs(sempre odiei essa palavra), papéis de bala e florzinhas secas. Sabe o que era? Uma conchinha! Uma simples conchinha. Pequena e singela. E linda. Aí parei perdida na bagunça do meio em que me encontrava, sentada no chão coberta de trecos e roupas espalhadas até a cintura. Olhando ela, num sei por quanto tempo fiquei ali. Sei que um monte de coisa veio na minha cabeça, passando igual um filme. E me toquei que aquela conchinha não estaria ali se não existissem filmes, internet, pipoca queimada, murdida, riso, batada, bobeira, raiva, basquete, sofá, carinho, brigadeiro, lágrima, sorriso e sentido. Como coube tanta coisa num objeto tão pequeno? E voltei ao plano real de toda aquela bagunça, apertei forte a conchinha como se segurasse um pedacinho do meu passado, abri a gaveta de "tranqueirinhas guardas com muito carinho para sempre"(que eu raramente abro), com um pouquinho de relutância, deixei ela lá. Aí voltei a arrumar tudo, que já tava na hora.

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